– Do lado do mercado doméstico, temos fatores que sustentarão o consumo: a taxa de desemprego baixa, a renda real alta e orçamento disponível – explica.
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Sobre as exportações, o executivo conta com a oferta curta dos principais países concorrentes do Brasil em carne bovina para ocupar espaço no fornecimento da proteína no mundo.
– Nosso foco na originação na América do Sul estava correta, pois o ciclo da pecuária nessa região é positiva, com boa oferta – afirma.
Segundo ele, esse momento positivo perdurará em 2014 e em meados de 2015.
– A demanda da Ásia e Oriente Médio e de outros países em desenvolvimento vai continuar forte. Em 2013, por exemplo, a Minerva avançou nas vendas para China, sudeste asiático e de países muçulmanos, que exigem o abate halal – completa.
De acordo com ele, há espaço para aumentar preços na ponta da venda no mercado externo.
Com relação a aquisições no exterior, oportunidades no Paraguai, Uruguai e Colômbia seguem no radar da companhia.
– Mas com a entrada do acionista International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial, podemos alavancar nossas operações comerciais, que podem incluir joint ventures, parcerias, aquisições, na África e Ásia – ressalta.
BRF
Conforme Queiroz, a aliança com a BRF, firmada em novembro com a compra da unidade de bovinos da alimentícia, abre boas perspectivas para ambas as companhias.
– Após a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), vamos ver o que teremos de sinergia. Mas a expectativa é grande – diz.
No acordo de financiamento firmado, será destinado à BRF, 10% da produção das duas unidades adquiridas, que representam 3% da fabricação total da Minerva.