Parceria beneficia 2,5 mil pessoas com alimentos orgânicos no Distrito Federal

Contratos entre governo e agricultores familiares incentivam produção local e garantem estabilidade a produtores ruraisDois contratos foram assinados, no domingo, dia 8, entre o governo do Distrito Federal e entidades de agricultores familiares, no valor de R$ 1,8 milhão, para aquisição de frutas, verduras e legumes orgânicos que visam alimentar 2,5 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social. A parceria é realizada através do Programa de Aquisição da Produção da Agricultura do Distrito Federal (Papa-DF).

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– Com a assinatura desses contratos, os alimentos orgânicos adquiridos pelo governo atenderão cinco mil famílias até 2014. Fazendo a compra através da agricultura familiar, valorizamos a produção local, ao mesmo tempo que oferecemos produtos de qualidade a quem mais precisa – declarou o governador Agnelo Queiroz.

A Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina (Cootaquara) e a Associação dos Trabalhadores Rurais da Agricultura Familiar da Fazenda Chapadinha (Astraf), de Sobradinho, foram as entidades das contratadas. Os agricultores de ambas fornecerão os alimentos à Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest).

Para a representante da Astraf, Maria do Carmo, o contrato incentiva a produção local e garante mais estabilidade ao trabalho dos produtores rurais.

– Isso não só aumenta a produção, como também o consumo de produtos orgânicos frescos – comentou.

Segundo o secretario da Sedest, Daniel Seidel, os contratos tem previsão de um ano, prorrogável por igual período.

Programa de Aquisição da Produção da Agricultura

A compra direta dos alimentos dos agricultores pelo governo é realizada devido ao Papa-DF. O programa garante a compra, por dispensa de licitação, de produtos alimentícios e não alimentícios, como flores e artesanato, vindos de agricultores familiares e suas entidades, para atender as demandas dos órgãos da estrutura administrativa do governo.

– Já temos contratos no âmbito do Papa-DF que totalizam R$ 20 milhões, isso contando desde a sua implantação, em 2012 – informou o secretario de Agricultura, Lucio Valadão.

– O programa garante que os produtores vendam produtos, no caso para o governo, e o governo garante a alimentação adequada a todas as famílias em situação de vulnerabilidade. Hoje a integração é tão grande que unimos as duas pontas: quem produz o alimento e quem necessita dele – ressaltou o governador.

Para 2013, está em andamento uma nova chamada para a compra de produtos lácteos, em contratos que podem chegar a até R$ 13,1 milhões. Com isso, é prevista a ampliação no mercado de produtos como leite pasteurizado, bebida láctea de coco, chocolate, iogurtes e queijos.