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– Não dá para entender por que tanto o Rio Grande do Sul quanto Santa Catarina, dois principais Estados produtores da proteína e de aves, não foram incluídos nos últimos leilões de Pepro. Gostaríamos de ter um acesso melhor ao insumo. Isso é um fator de perda de competitividade dos dois Estados e pode até desestimular o produtor de ficar na atividade na região – salienta.
Segundo ele, produtores e indústria dos dois Estados pagam, hoje, em média, R$ 25 a saca de milho enquanto que no Centro-Oeste o valor não supera os R$ 12.
– O problema maior não é a cotação do milho em si. Mas o custo que temos para trazer o insumo do Centro-Oeste do País, com logística, frete e tributos. Deveríamos ter uma política de subvenção aos Estados do Sul, mas não vemos movimentação do governo nesse sentido, pelo menos ainda. O subsídio hoje é só para a exportação do milho – disse o diretor executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Suínos (SIPS-RS), Rogério Kerber.
– No sistema de integração, quem arca com os custos da alimentação é a agroindústria – destacou Gouvêa.
No pico de preços, em 2012, os Estados chegaram a ter um custo de aquisição do insumo de R$ 28 a saca (SC) a R$ 30 a saca (RS).
Preços para 2014
Kerber acredita que em 2014, os preços do milho devem ficar praticamente estáveis ante 2013.
– Se nada ocorrer de ruim em termos de clima, deveremos ter uma oferta boa do insumo. A demanda forte, principalmente do exterior, não deixará que os preços tenham queda acentuada – disse.
As notícias sobre construções de usinas de etanol de milho em Mato Grosso também estão no radar do setor.
– Este movimento preocupa porque será mais um mercado, concorrente, que demandará a utilização do insumo. E será mais um fator de sustentação das cotações do milho – disse.