O clima seco na maioria dos municípios gaúchos nas últimas semanas dificultou a finalização da semeadura de algumas áreas de pastagens anuais e perenes de verão e o término do cultivo das lavouras de milho e sorgo destinadas para a produção de silagem. Com a deficiência hídrica, as plantas forrageiras dos campos nativos também começam a reduzir sua taxa de rebrote, diminuindo a disponibilidade de pasto para os rebanhos.
Apesar da redução das chuvas no período, o campo natural ainda está disponibilizando razoável oferta forrageira em maior quantidade e qualidade, e as condições nutricionais dos ovinos em geral são boas. O estado sanitário do rebanho é satisfatório, pois a baixa umidade reduz a proliferação de parasitas.
Em algumas propriedades, os criadores estão realizando banhos para o controle de alguns ectoparasitas, especialmente piolhos. Os ovinocultores permanecem realizando a seleção das ovelhas e borregas, visando à preparação para encarneiramento, assim como realizando a aquisição de reprodutores nas diversas feiras e exposições municipais de ovinos, que se estenderão até o mês fevereiro.
Apicultura
Apesar da estiagem do período, está ocorrendo a floração de diversas espécies nativas e exóticas, com boa oferta de néctar e pólen. Observa-se um trabalho intenso das abelhas na sua coleta para a produção de mel e expansão da população das abelhas nas colmeias. Segue a realização de colheitas de mel na maioria dos municípios e as práticas manejo das colmeias, com inclusão das melgueiras.
A expectativa dos apicultores da maioria dos municípios produtores de mel do Rio Grande do Sul é a realização de uma safra com boa produtividade. Fator preocupante para o desenvolvimento da atividade é o aumento do uso produtos químicos utilizados especialmente no cultivo de soja, que se expande em diversas regiões do Estado.