O pesquisador da Fundação MT Claudinei Kappes conversou com a repórter Kellen Severo no município de Rondonópolis. Segundo ele, sojicultores têm apelado cada vez mais cedo para a dessecação da soja.
– A recomendação técnica hoje é aplicação em R7.3, mas o pessoal tem almejado uma segunda safra, seja de milho ou, principalmente, de algodão, tem se visualizado a nível de Estado uma antecipação muito avançada quanto ao estágio ideal de aplicação – afirma.
Kappes explica que é comum a aplicação de dessecantes na fase R7.3, quando acontece a maturação fisiológica, mas alguns produtores têm forçado o adiantamento do processo para os estágios R7.2 e R7.1.
O pesquisador enfatiza a importância de se avaliar o exato ponto de dessecação para evitar o comprometimento do potencial produtivo da cultura.
– Nem sempre você antecipando o cultivo da soja, isso reflete num potencial produtivo maior da cultura posterior, seja a soja, o milho ou o algodão – afirma o especialista.
A Fundação MT realiza pesquisas sobre o assunto há cerca de dois anos, no sul de Mato Grosso, e já registra perdas de oito até 12 sacas por hectare.
– Quanto mais cedo é a aplicação do dessecante, sem dúvida, mais significativa é a perda da produtividade da cultura – alerta Claudinei Kappes.