– A produtividade média na área intensificada (URT), ou seja, onde reformamos ou recuperamos, já apresenta resultado 5,75 vezes maior que a média do Estado – exemplificou o coordenador da Iniciativa Pecuária Integrada do ICV, Vando Telles de Oliveira.
Segundo o coordenador, o objetivo do projeto é implementar uma agenda de municípios sustentáveis em Alta Floresta, por meio de um programa de boas práticas agropecuárias, com ênfase em uma economia de baixa emissão de carbono, e servindo de referência para todos os elos da cadeia de carne bovina, desde o produtor até o varejo. Depois de 18 meses de projeto, o ICV se prepara para iniciar a segunda etapa do projeto, que contará também com a implementação do Núcleo de Assistência Técnica Integrada (NATI), voltado para a capacitação técnica na região norte de Mato Grosso.
– Nesta formação o técnico, ou gestor, receberá cursos teóricos e práticos em nível de pós-graduação. Como parceiros do projeto, teremos a Embrapa Agrossilvipastoril, a instituição de ensino Rehagro e estamos dialogando com a Universidade da Flórida – disse Oliveira.
Um dos parceiros do projeto pecuária, o grupo JBS, contribuiu para a produção de uma carne de qualidade na Amazônia, atendendo critérios sociais, ambientais, econômicos e de rastreabilidade. Como contrapartida, o grupo garante a compra do gado bovino dos pecuaristas que integram o projeto.
– O próximo passo é buscar uma parceria com o varejo para chegar ao consumidor final de forma transparente, permitindo identificar a origem do produto – adiantou Oliveira.
Em todas as propriedades, segundo Oliveira, o projeto leva o conhecimento sobre as melhores práticas para desenvolver a atividade de forma integrada, no intuito de fortalecer a gestão das propriedades.
– Os gestores passam, assim, a olhar para a propriedade como um sistema equilibrado, preconizando adotar práticas que melhorem o uso do solo e dos recursos hídricos – explicou.
Os técnicos do ICV fazem um acompanhamento mensal das fazendas que integram o projeto e orientam os envolvidos nas ações para manter o controle de indicadores agronômicos, econômicos, zootécnicos e de balanço de carbono.
– Isso se faz necessário para mostrar a viabilidade técnica e econômica da adoção das práticas recomendadas e o impacto das mesmas na redução das emissões – disse Oliveira.