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Se somar inseticidas, herbicidas, acaricidas e fungicidas, o setor de defensivos agrícolas faturou em 2013 cerca de US$ 10,500 bilhões, número 8% superior a 2012. Segundo o gerente de informação do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Ivan Sampaio, o aumento das vendas foi puxado principalmente por culturas como a soja, que demandaram mais por causa dos ataques da lagarta helicoverpa armígera.
– A a cultura que mais puxa a venda de defensivos agrícolas é a soja, que representa 47%. Soja, milho e algodão, sendo que estas três culturas representam 65% do mercado de defensivos agrícolas – salienta.
– Esse crescimento da área de inseticidas vem muito das características climáticas que ocorreram no Brasil nos últimos anos, muitos períodos secos, o que favorece a proliferação de insetos, e obviamente vem a aplicação de inseticidas. Mas dentro deste cenário não podemos esquecer que há um fator novo que é a helicoverpa – destaca o presidente da Arysta Lifescience América Latina, Flavio Prezzi.
Para 2014, o setor estima que o gasto dos produtores com inseticidas possa aumentar cerca de 15%, aumentando cerca de US$ 600 milhões o faturamento das empresas de defensivos.
– Os níveis de estoques das commodities estão extremamente baixos, demanda crescente. Se dizia que a China reduziria, mas segue crescendo essa demanda – diz Prezzi.
Aproximadamente 65% das vendas são feitas durante o segundo semestre, quando são realizados os plantios de verão para diversas culturas. Na propriedade do produtor Luiz Antonio Batistela, em Engenheiro Coelho, interior de São Paulo, a aplicação dos inseticidas para combater a lagarta representa 20% de todo o custo de produção.
– Não fomos tão afetados pois fizemos preventivo e como a região está abrindo novas áreas, é o primeiro ano de plantio, não tivemos tanta pressão da helicoverpa – destaca o agricultor.
– As aplicações dos inseticidas eram as mais comuns. Era a aplicação de um piretroide e coisa assim e você tinha até um certo controle. Porém hoje, já se tem a necessidade desses inseticidas mais modernos, principalmente os da família dos diamidas, que me dá um residual de 15 a 20 dias na planta. Fazendo a aplicação preventiva dá para ficar tranquilo – ressalta o engenheiro agrônomo, André Luiz Zilio.
Os efeitos do ataque da lagarta helicoverpa foram minimizados na propriedade de Batistela, mas para isso foram gastos cerca de R$ 150 por hectare com os inseticidas que combatem a pragra. Para 2014, as aplicações preventivas vão continuar e, se for o caso, podem ser intensificadas.
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