Sem rede elétrica, armazéns inaugurados em Rio Verde (GO) funcionam a gerador

Unidade está em uma área estratégica entre os municípios de Rio Verde, Paraúna e Montividiu, forte região produtora de grãosA inauguração de uma unidade de armazenamento de grãos da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), em Ponte de Pedra, Rio Verde (GO), foi marcada por queixas dos produtores rurais a respeito da infraestrutura energética da região. Sem rede elétrica instalada, a cooperativa decidiu colocar a unidade em operação movida a geradores.

Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a unidade recebeu investimentos na ordem de R$ 24 milhões, tem capacidade armazenadora de 72 mil toneladas de grãos, é automatizada e uma das mais modernas entre as unidades da cooperativa.

– Uma incongruência uma estrutura como essa, tocada a motor a óleo diesel – afirmou o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, durante a solenidade de inauguração, realizada no sábado, dia 18.

O armazém está em uma área estratégica entre os municípios de Rio Verde, Paraúna e Montividiu, forte região produtora de grãos, e é inaugurado no momento em que os produtores começam a colher a safra 2013/2014 de soja.

Além das queixas em relação às más condições do fornecimento de energia elétrica pela concessionária goiana Celg, os produtores presentes também repercutiam as últimas notícias a respeito das cobranças de taxas agropecuárias. Na sexta, dia 17, a Faeg protocolou, no Fórum de Goiânia, mandado de segurança contra as taxas cobradas pela Agrodefesa. A medida foi tomada após produtores começarem a ser autuados em várias regiões produtoras do Estado. O mandado alega inconstitucionalidade e ilegalidade da cobrança.

– Nossa prática sempre foi a do diálogo. Tanto que negociamos à exaustão esse assunto com os órgãos responsáveis. Mas, quando se baixa um decreto e o produtor começa a ser punido injustamente, o diálogo se encerra. Chegmaos ao limite absoluto – disse o presidente da Faeg, que garantiu que o próximo problema a ser atacado de forma mais incisiva será a Celg.

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