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Alguns agricultores tiveram custos de produção da soja equivalente a 28 sacas por hectare, enquanto outros apresentaram custo de 48 sacas por hectare, considerando o preço de R$ 50 a saca.
Nossa equipe observou lavouras de soja conduzidas em solos com 40 anos de plantio direto, sem que durante estes anos o solo tenha sido arado, gradeado ou escarificado. No entanto, vimos soja cultivada em solos recém incorporados ao processo produtivo com a leguminosa.
Ao se aproximar de 100 dias de expedição, conhecemos agricultores cultivando 150 hectares de soja, em contraste com outros que plantam 15.000 hectares, e produtores com mais de 45 anos de experiência, e os que não completaram nem um ano no ramo.
Há quem plante a 120 quilômetros do Porto de Paranaguá, e quem esteja a mais de 2.200 quilômetros dele. Nos deparamos com lavouras de soja conduzidas sem nenhuma quantidade de adubo nesta safra e, evidentemente sem comprometer o rendimento (procedimento perfeitamente correto em solos de alta fertilidade), enquanto em outras lavouras gastou-se 44% do custo total com fertilizantes em quantidades de 550 quilos por hectare, mais complementos com adubos foliares. Em ambos os casos, os rendimentos foram idênticos.
Tivemos a oportunidade de conhecer agricultores que há 15 anos cultivam soja no verão e milho safrinha no inverno, num processo de sucessão sem muita sustentabilidade. Mas vimos também os que praticam um sistema de rotação de culturas, em que a soja é cultivada por, no máximo, três anos num mesmo talhão, sendo substituída pelo milho no verão e milheto ou braquiária no inverno, sistema que tem garantido sustentabilidade técnica e econômica.
É neste universo de contrastes que a soja é cultivada no Brasil.