A população reivindica a reativação dos postos do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), que há dois anos foram fechados e desde então houve um aumento significativo de crimes contra o patrimônio na região. Além disso, os manifestantes querem que os postos do Exército sejam mantidos em funcionamento.
De acordo com o prefeito de Cáceres, Francis Maris, a população está vulnerável à ação de bandidos, principalmente de traficantes, que roubam veículos, motocicletas e máquinas agrícolas para trocar por drogas no país vizinho. Outro agravante da situação é o descumprimento, por parte da Bolívia, do tratado que prevê a devolução das mercadorias roubadas no Brasil e encontradas lá.
– Queremos chamar a atenção da imprensa, da sociedade e das autoridades para um problema nacional. Nossa fronteira está desprotegida. Não podemos permitir que o Exército feche seus postos e solicitamos, inclusive, que os militares possam atuar como policiais ao longo da divisa – afirma o prefeito.
Segundo ele, o governo do Estado se mostrou solidário ao manifesto e se comprometeu a ajudar a marcar uma audiência no Ministério da Justiça para relatar a situação.