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O estudo, realizado pelo agrônomo e pós-doutorando no Cbmeg, Thiago Mastrangel, foi solicitado pela Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), que estava preocupada com as informações que chegavam das cooperativas sobre ataques de lagartas. A Ocesp organizou uma coleta de amostras em plantações de produtores associados de diversas cooperativas paulistas e encaminhou para o estudo, que foi enriquecido com amostras de fazendas de outras regiões.
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A lagarta armigera tem surpreendido produtores e pesquisadores pelo seu poder de destruição, causando prejuízos principalmente às lavouras de milho, soja, feijão e algodão. Em São Paulo, as cooperativas preveem perdas na safra atual da ordem de mais de R$ 1 bilhão por conta das lagartas. Para Mastrangelo, as evidências geradas pelas análises mostram que as populações dessa praga já estão estabelecidas por todo o Estado.
– Acredito que a questão agora não é mais onde essa praga exótica está presente, mas onde não está – alerta ele.
Expedição técnico-científica
Os resultados do estudo da Unicamp ficaram prontos no dia 20 de janeiro. No dia seguinte, a Ocesp encaminhou o trabalho para conhecimento e providências da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Apesar de não poder reconhecer oficialmente o estudo – uma vez que somente o Instituto Biológico está credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para diagnóstico fitossanitário em São Paulo -, a Secretaria de Agricultura iniciará uma expedição técnico-científica já neste mês, com técnicos que vão percorrer todas as regiões do Estado para coleta de amostras e novos levantamentos sobre a Helicoverpa armigera.