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Dilma ressaltou que o agronegócio é um dos eixos de sustentação do país e que a produção de alimentos é o grande diferencial do Brasil diante do mundo. Ela mencionou que a produção de grãos cresce 221% e a área plantada cresce apenas 41%.
– Isso é produtividade na veia. E é isso que buscamos para todas as áreas – declarou.
Segundo a chefe do Executivo, uma das metas do governo é explorar a integração dos modais ferroviário, hidroviário e rodoviário em Mato Grosso.
– Aqui nós vamos explorar o modal ferroviário, que o Brasil sempre abandonou, o hidroviário, que o Brasil sempre abandonou, e o rodoviário, que o Brasil não abandonou, mas permitiu que ficasse sucateado. Vamos ter que fazer esforço para integrar esses três modais. A infraestrutura e a logística precisam passar pela integração dos três modais. Juntaremos a fome com a vontade de comer. A demanda imensa por logística e transporte com a vontade de transformar esse país – afirmou.
Dilma também defendeu o plano de armazenagem lançado em 2013 pelo governo federal, que prevê a concessão de R$ 5 bilhões em empréstimos por ano para melhorar a capacidade de estocagem do país.
A presidente comemorou a avaliação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada nesta terça, que calculou a safra de grãos deste ano em 193,6 milhões de toneladas. Ela disse que produtores rurais e o próprio ministro da Agricultura, Antônio Andrade, falam em uma safra 2013/2014 de 196 milhões de toneladas.
– Isso é uma vitória para o agronegócio brasileiro. Hoje estamos celebrando esta vitória do Brasil e de Mato Grosso. Certamente a safra não será inferior a 193 milhões de toneladas – afirmou.
Além de Dilma, o evento também contou com a participação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade, do secretário de Política Agrícola da pasta, Neri Geller, do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, e de autoridades nacionais e regionais, assim como representantes de entidades ligadas ao agronegócio.
Mato Grosso
A região Centro-Oeste do Brasil foi escolhida para sediar a abertura de colheita por ser a principal produtora de grãos do país, respondendo por 40% da produção nacional. No entanto, essa já foi uma área irrelevante para a agricultura brasileira. A grande transformação ocorreu na década de 1970, graças ao trabalho de pesquisadores da Embrapa, que desenvolveram tecnologias para corrigir a acidez do solo do Cerrado brasileiro e para adaptar plantas oriundas de outros biomas.
A pesquisa possibilitou um crescimento produtivo sem precedentes. Em menos de quatro décadas, enquanto a produção cresceu cerca de 1400%, a área de cultivo de grãos ampliou em apenas 400%. O maior destaque da região é o Mato Grosso. O Estado é o maior produtor brasileiro, respondendo por um quarto dos grãos colhidos no país, sendo ainda líder na produção de soja e milho.