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Os grãos acumulados na avenida são um sinal de que a soja começa a chegar ao Porto de Santos. O movimento de caminhões no acesso aos terminais é monitorado dia e noite. Funcionários da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) acompanham mais de 50 pontos das avenidas perimetrais nas margens de Santos e de Guarujá. Se houver filas de caminhões, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq ) é comunicada. Foi o que aconteceu nesta semana em um dos terminais de grãos.
– O caso do terminal 39 gerou um ofício de notificação e eles têm 10 dias para esclarecer o motivo desse excesso de caminhões que provocou a paralisação da avenida Mário Covas. Depois disso, a Antaq vai avaliar qual é o próximo caminho – explica o técnico da Antaq Daniel
Alves.
A partir deste mês, passou a vigorar uma resolução que dá a Antaq o poder de aplicação de multas aos terminais onde não houve agendamento para entrega de mercadorias. A multa varia de acordo com a quantidade de caminhões parados na fila.
– Temos multas que vão de R$ 1 mil até, dependendo da situação, R$ 20 mil por caminhão – acrescenta Alves.
Por enquanto, nenhuma multa foi aplicada, mas a partir da próxima semana, a Antaq vai contar com o reforço de sete servidores que devem atuar na fiscalização do sistema. Somente na primeira semana de fevereiro, mais de 40 mil caminhões agendaram chegada ao Porto de Santos. Para os veículos que transportam grãos, além do agendamento, também é preciso passar por um pátio regulador antes de seguir para o terminal.
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– O caminhão tem que sair já com uma data definida de chegada no terminal. Se permite chegada com cinco horas de antecedência, mais seis horas para fazer a descarga da mercadoria, mas precisa estar dentro desse horário – explica o técnico da Antaq.
Os caminhoneiros aprovam a medida, mas acreditam que o sistema pode ser melhorado para que realmente não haja fila de espera.
– A descarga não acontece no mesmo dia do agendamento. Falta bastante agilidade no terminal – afirma o caminhoneiro Edivaldo Guimarães.
No escoamento da safra de grãos do ano passado, filas quilométricas foram formadas. O transtorno chegou até as rodovias e chamou a atenção para o gargalo logístico do país. Por enquanto, a situação é tranquila, mas a safra ainda está sendo colhida e é cedo para saber a eficácia do sistema de agendamento.
