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O sistema de alerta de pragas emergentes revela que os produtores querem evitar que uma nova praga apareça de surpresa estarem preparados para um combate eficiente. Toda semana um relatório completo mostra o tamanho da população de mariposas nas regiões produtoras. A ideia é se antecipar ao possível ataque das lagartas.
São duas armadilhas, luminosa e com uma armação de ferro. A luz atrai as mariposas que caem na rede, a placa solar mantém a bateria carregada, tudo adaptado pelos técnicos do Ima. Um investimento de R$ 600 mil para monitorar os principais núcleos produtores do Estado. A outra armadilha é a Delta, que usa quatro tipos de feromônio para atrair as principais mariposas responsáveis pela infestação das pragas que mais causam prejuízos no algodão.
– Além de pegar a helicoverpa, será possível presenciar outras espécies de mariposas. A Delta é uma armadilha que tem feromônio atrai a fêmea através do feromônio e ela gruda na placa alto colante. O técnico passa uma vez por semana fazendo este monitoramento, fazendo esta contagem, manipulando esses dados e passando para o sistema informativo – explica o assessor técnico do IMA, Félix Kmiecik.
Segundo Kmiecik, os relatórios vêm com todas as informações e gráficos completos sobre as infestações. Mas fica o alerta que é mais uma base de dados para orientar os agricultores.
– A armadilha é apenas mais uma ferramenta, a gente orienta o produtor a não usar apenas isso como base para o manejo da fazenda, mas sim como uma ferramenta para cuidar da lavoura – conclui.
Clima favorável
As lavouras de algodão no Estado de Mato Grosso estão no início do ciclo vegetativo e já preocupam por causa do excesso de chuva. Apesar disso, se por um lado o excesso de água pode refletir na produção, do outro serviu para reduzir o ataque da Helicoverpa armígera, que gerou perdas de até 40% na produção de algodão em algumas fazendas na última safra.
– Uma das características da helicoverpa é gostar de período mais seco. Como este ano começou muito chuvoso, a intensidade do ataque foi bem menor. Notamos que o aparecimento foi reduzido – salienta o engenheiro agrônomo, Anderson Stoquero.