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As verduras foram o vilão na passagem de janeiro para fevereiro. De um mês para o outro, as verduras aceleraram o avanço de 7,70% para uma alta significativa de 23,41%. O aumento foi puxado especialmente pela alface, que registrou elevação de 28,43% (de 13,06% antes). A inflação desses alimentos in natura vem se ressentindo do clima mais seco, como avaliou na semana passada o coordenador do IPC-Fipe, Rafael Costa Lima.
Os preços dos legumes também ficaram mais salgados em fevereiro – subiram 9,34%. O destaque foi o chuchu, que teve aumento representativo de 48,38% no mês passado. As frutas também avançaram (4,98%), influenciadas principalmente pelo encarecimento da melancia (23,95%). Já a queda da batata, de 2,87% em fevereiro, permitiu à classe de tubérculos registrar deflação, de 0,82%.
A alta dos alimentos in natura no mês passado impulsionou o grupo Alimentação entre a terceira quadrissemana (últimos 30 dias terminados em 21 de fevereiro) e o fechamento de fevereiro. Entre uma pesquisa e outra, o grupo passou de 0,27% para 0,51%. A variação registrada no final do mês passado, no entanto, é inferior à de 0,70% apurada em janeiro.
Ao contrário dos produtos in natura, os alimentos industrializados e semielaborados podem ter limitado um avanço maior do grupo Alimentação. O primeiro subgrupo teve deflação de 0,17% no fechamento de fevereiro, depois de aumento de 0,52%. Os industrializados contaram com a ajuda dos preços mais elevados dos derivados do leite, que tiveram baixa de 0,19%. Já os semielaborados aceleraram o ritmo de queda entre janeiro e fevereiro, de 0,52% para 1,89%, com destaque para as carnes. A carne bovina cedeu 0,32%; a suína caiu 0,51%; e a de frango teve recuo de 5,13%.