Vendas de algodão ao exterior podem subir até 30% em 2014

Especialistas do setor acreditam que o ano será de recuperação no comércioO mercado brasileiro de algodão vive um momento de expectativa. Há duas safras, a produção vem encolhendo, o que gerou queda nas exportações da fibra. Especialistas acreditam que 2014 será um ano de recuperação para o setor e preveem elevação de até 30% nos embarques.

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Os armazéns da empresa S. Magalhães no Porto de Santos, em São Paulo, estão com menos da metade da capacidade para estoque de algodão. O período é o de entressafra, e a produção da pluma, que começou em junho do ano passado, ficou abaixo do esperado pelo setor. Assim, o número de embarques caiu pela metade.

A redução nas exportações vem desde 2012, ano em que foi vendido para o exterior cerca de 1 milhão de toneladas de algodão. Na safra atual, os embarques não passaram de 570 mil toneladas. Segundo o diretor comercial da S. Magalhães, Luiz Henrique Magalhães, o volume movimentado nesse período tende a diminuir, voltando ao nornal depois de junho, quando a safra recomeça.

Já o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Marco Antonio Aluisio, afirma que os preços atuais refletem a situação de pouca oferta e que, teoricamente, este seria um momento de preços de paridade de exportação. Apesar de restar apenas cerca de 10% da safra para ser escoada, os estoques da maioria das indústrias já garantiram compras com preços menores, sem precisar recorrer ao mercado.

Para este ano, as precisões são mais otimistas e a expectativa do setor é de que as exportações aumentem em cerca de 30% na relação com a safra atual, passando para 800 mil toneladas de plumas, número que é inferior ao registrado em 2012.

– A safra brasileira começa a ser colhida em maio e junho. A tendência é de que a safra seja maior porque a área plantada foi de 25% a 30% maior. Com mais  oferta, vai haver mais exportação. De julho em diante, deve haver queda de preços, indo para a paridade de exportação. Depende principalmente da política de compras da China – analisa Aluisio.

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