>> Com clima desfavorável, previsão de safra brasileira de soja é inferior à norte-americana
>> Relatório do USDA traz redução nos estoques de soja e milho americanos
– Fizeram um ajuste modesto na safra brasileira, trazendo para 88,5 milhões, quando se sabe que a quebra será superior a isso. Dificilmente vamos passar de 86 milhões de toneladas. Já temos quebras consolidadas em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, que já quebrou dois milhões de toneladas – aponta Cogo.
O analista observa que o mercado só vai acreditar no USDA quando ficar reconhecido que a América do Sul sustentará o mercado mundial daqui para frente, já que, segundo ele, os Estados Unidos não possuem tanto estoque como divulgado.
– Eles anunciaram um corte de estoques americano muito pequeno e inexpressivo frente ao movimento forte de exportações de soja dos EUA. É preciso assimilar a verdade sobre o tamanho da safra sul-americana, a quebra no Paraguai, no Brasil, e tirar o foco dos estoques norte-americanos que frustraram as tradings. Quando o mercado entender que realmente houve uma redução de oferta na América do Sul e que ela vai abastecer o mercado chinês e o resto do mundo, a tendência será a recuperação dos contratos – afirma o analista.
Segundo Cogo, o produtor de soja que não tiver pressa de vender o grão, sairá no lucro.
– É melhor vender pausadamente. Quem não tiver pressa, pode deixar saldo para o segundo semestre.
Milho
De acordo com Cogo, a safra de milho não deve passar de 70 milhões de toneladas.
– Não vamos ter uma primeira safra maior de 30 milhões de toneladas, houve quebra na safra de verão, uma redução diária que deve chegar ao mínimo a 8% na segunda safra, podendo chegar a 11%, dependendo do que vai ser plantando fora da janela ideal. Apesar disso, as exportações seguem muito fortes. Certamente, teremos uma forte recuperação nos preços do milho – salienta.
>> Leia mais notícias de milho
Assista à entrevista completa com o analista: