– O pedido foi feito porque as consultas formais não foram satisfatórias – disse o diretor de Assuntos Institucionais da Câmara de Biodioesel (Carbio), Gustavo Idigoras.
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Em dezembro passado, o governo argentino apresentou denúncia formal à OMC, alegando que a medida antidumping adotada pela União Europeia (UE) era “ilegal”, expressava “espírito puramente protecionista” e provocava “prejuízo econômico à indústria do biodiesel argentino”. Houve um prazo de 60 dias para as consultas.
Nota do governo argentino divulgada em dezembro informava que o direito antidumping aplicado pela União Europeia, com caráter definitivo a partir de 27 de novembro, “oscila entre 216,64 a 245,67 euros por tonelada e gera, como efeito direto e imediato, o fechamento do mercado europeu para o biodiesel argentino, afetando, desta maneira, exportações superiores a US$ 1,5 bilhão anuais”. Na prática, a alíquota média será de 24,6% para o produto argentino e uma média de 18,9% para o biodiesel proveniente da Indonésia.
A Chancelaria argentina ressaltou que seu país é líder mundial na produção de biodiesel com soja, enquanto a indústria europeia carece de matéria-prima e de nível de integração vertical que caracteriza a indústria local.
Em 2012 a Espanha começou a fechar seu mercado ao biodiesel argentino como represália pela estatização de 51% das ações que a espanhola Repsol detinha na petrolífera argentina YPF. O episódio gerou a oportunidade para que os produtores europeus de biocombustível pedissem proteção ao setor.
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