Os faisões, principalmente os machos mais coloridos, são procurados para enfeitar fazendas e sítios por causa da beleza de suas penas. Também usadas na ornamentação de fantasias de Carnaval. Um outro mercado interessante é o de produção de carnes e ovos. Com baixo colesterol e pouca gordura, esses produtos são muito valorizados no mercado. O quilo da carne de faisão custa em torno de R$ 40. A dúzia de ovos no varejo custa em média R$ 30.
Segundo a avicultora Melita Buss, os produtos são muito saborosos e têm menos colesterol.
Com aproximadamente 6 meses, as aves já estão prontas para o abate. Nessa idade, as fêmeas pesam em média 1 quilo; os machos 1,5 kg. Quem quiser investir na criação pode começar comprando um casal da espécie coleira, que custa em torno de R$ 160.
A espécie coleira é uma das mais populares e pode ser criada em pequenos espaços. O valor de um casal de faisão pode variar de acordo com a espécie e a qualidade dos reprodutores. Melita recomenda mais de uma fêmea por viveiro.
– Deve-se começar com um macho e quatro ou cinco fêmeas para cada macho. Porque ele cobre as fêmeas varias vezes por dia, e não tem delicadeza. Se tiver uma fêmea só ela pode ter problemas nas articulações. E se tiver varias fêmeas, ele faz um rodízio. Elas botam até 60 ovos na primavera – relata Melita.
Como são aves selvagens, as fêmeas têm dificuldades para chocar em cativeiro.
– A fêmea é péssima mãe. Ela bota o ovo e nem olha para trás por isso tem que ter chocadeira ou galinhas garnizé, galinhas caipira para a pequena criação também servem – explica o avicultor Helgo Buss.
Por isso, segundo Helgo, o maior investimento deve ser na infraestrutura, em instalações, viveiros, chocadeiras e criadeiras.
As chocadeiras custam cerca de R$ 1 mil e tem capacidade para 200 ovos. Buss afirma que uma alternativa para a pequena produção é a chocadeira artesanal. Segundo ele, a alimentação é simples: ração para galinhas.
– Ração para os filhotes em crescimento, de postura e manutenção. Muito parecidas com ração de galinhas e facilmente encontradas no mercado. Pode dar algumas frutas, verduras, milho que eles gostam bastante – declara a médica veterinária Cristiane Buss.
E não precisam de cuidados especiais para evitar doenças. A não ser aplicações anuais de vermífugos.
– Os filhotes recebem dois tipos de vacina. O ideal é fazer a vermifugação a cada 3 ou 4 meses. No nosso caso, como temos um grande número de aves, preferimos fazer a vermifugação na ração. Preparamos um lote de ração e entregamos para todas as aves – explica Cristiane.
De acordo com ela, em um ano o criador já consegue um retorno.