• Leia mais notícias sobre clima
– O excesso de chuva na segunda quinzena de fevereiro comprometeu o que havia sido plantado na primeira, além de ter adiado para março o restante do plantio, que ficou fora da janela – afirma.
Segundo ele, o ideal era que o plantio tivesse sido feito até 25 de fevereiro. Mesmo as lavouras de milho plantadas nesse intervalo apresentam qualidade inferior à usual.
– As lavouras estão com aspecto amarelado, e nossa projeção é de uma queda em torno de 20 sacas no município – conta o produtor de Nova Mutum, Emerson Zancanaro.
Segundo o diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas, o excesso da chuva também tem atrapalhado a aplicação de adubos nitrogenados, que ajudam na nutrição da planta e consequentemente no enchimento de grão.
– A grande quantidade de chuva, que continua, não deixa que o adubo trabalhe com eficácia na planta, devido à capacidade de volatilização que apresenta – relata.
Na região oeste, a situação também não é diferente, conta o produtor de Campo Novo do Parecis, Adolfo Petry.
– Acreditamos que há possibilidade de redução de produtividade sim – declara.
Ele explica que além do excesso de chuva, a falta de sol e a ocorrência de muitos dias nublados contribuíram para que a planta não absorvesse os nutrientes necessários. A situação está sendo verificada em todo o Estado de Mato Grosso.
Estado de emergência
O governo de Mato Grosso decretou estado de emergência para 12 cidades que foram afetadas pelas chuvas de fevereiro. O decreto, publicado no Diário Oficial, um mês depois do pedido feito pelos municípios, deve ajudar os produtores a buscar recursos para os reparos dos problemas provocados pelas chuvas.
• Presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Laércio Lenz, fala sobre a situação das lavouras de milho e soja: