– A principal causa das notificações acontecem porque os motoristas chegam fora do horário, e outro motivo é interrupção das vias públicas que prejudica o porto e a cidade – salienta o técnico em regulação de serviços de transportes aquaviários da Antaq, Daniel Alves.
A fiscalização de quem está descumprindo a lei é feita através do monitoramento por câmeras. Os fiscais da Antaq têm a disposição cerca de 500 lentes que monitoram tudo o que acontece desde os pátios reguladores até os terminais de embarque. Para os caminhoneiros o agendamento não ajuda. Eles reclamam da falta de agilidade do sistema. Segundo eles, outro problema é que a lei causou redução no número de viagens.
– No ano passado eu conseguia fazer cinco viagens por semana. Agora, com o atraso do agendamento, consigo fazer duas – reclama o caminhoneiro, Pedro Rodrigues.
– Está cada vez pior. A gente perde muito tempo e as previsões são incertas – diz o motorista, Marcelo Matos.
Para o especialista em portos, Marcos Vendramini, o agendamento dos caminhões apenas transferiu o problema da fila nas estradas para os páteos. Segundo Vendramini, quem está pagando a conta é o produtor.
– Ter que usar um estacionamento para fazer a descarga é um custo que não estava na cadeia logística e isso acaba ficando com o produtor. Foi um tapete que colocaram para varrer a sujeira para baixo. Tira-se o congestionamento nas estradas e coloca dentro dos pátios – enfatiza o especialista.
Os terminais alegam que o sistema operado pela Codesp e Antaq apresentam falhas e que vão recorrer das notificações. Em nota, a Codesp admitiu a possibilidade de falhas no sistema e que vai analisar as defesas apresentadas pelos terminais.