Mês de abril é considerado o melhor para confinamento no Estado de Mato Grosso, segundo Imea

Mês é historicamente o melhor para o confinador comprar insumos alimentares, com preço médio nominal de R$ 631,16 a tonelada do farelo de sojaNa análise semanal do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea), foi encontrado um cenário histórico bom aos confinadores da macrorregião sudeste de Mato Grosso, no qual o mês de abril se mostra o mais propício a quem atua na região de maior capacidade estática dos confinamentos. A afirmação é possível porque o Imea buscou os preços da tonelada do farelo de soja na região nos últimos seis anos, calculando posteriormente a média nesse período para cada mês do ano.

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O resultado foi que no sudeste do Estado abril é historicamente o melhor mês para o confinador comprar o insumos alimentares, com preço médio nominal de R$ 631,16 a tonelada do farelo de soja, a análise motra que os meses de abril se mostram mais favoráveis à aquisição do farelo de soja na região sudeste do Estado. Entretanto, quando se volta ao mercado, isso não é uma realidade, já que as cotações médias do farelo de soja para abril de 2014 estão ao redor de R$ 980,00 a tonelada.

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Exportações

Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o primeiro trimestre de cada ano, observa-se que o pico no volume de exportações no primeiro trimestre foi em 2007, quando foi atingida a quantidade de 80,36 mil TEC, aumento de 57,87% quando comparado ao primeiro trimestre de 2006.

O primeiro trimestre de 2014 parece reservar um novo recorde no volume exportado, pois quando são somados apenas os dois primeiros meses do ano o volume demonstrou acréscimo de 13,62% quando comparado ao primeiro trimestre de 2013 e um volume total de 61,08 mil TEC. Portanto, para que se atinja um novo recorde, será necessário que Mato Grosso exporte 19,28 mil TEC, volume que pode ser considerado possível, já que nos últimos nove meses foi exportado mais do que esse valor.

Oferta e demanda

Determinado pela diferença entre os preços no mercado físico do boi gordo em São Paulo e Mato Grosso, o diferencial de base demonstrou aumento em fevereiro de 2014. Segundo análise de dados da arroba do boi gordo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), foi observado uma variação positiva de 3,39% na comparação mensal, com preços saindo de R$ 114,17 em janeiro de 2014 para R$ 118,04 em fevereiro de 2014.

Já os dados da arroba do boi gordo do Imea demonstraram que a arroba partiu de R$ 97,33 em janeiro de 2014 para o preço de R$ 100,24 em fevereiro de 2014, obtendo valorização de 2,99% no período. Deste modo, o diferencial de base apresentou aumento de 0,46 ponto percentual na comparação mensal, saindo de 17,29% em janeiro/14 para o valor de 17,76% em fevereiro de 2014. O mês de fevereiro de 2014 é o nono consecutivo em que o diferencial de base entre as duas praças se mantém acima da média histórica (13,47%). 

Mercado futuro

O preço do contrato futuro da arroba do boi gordo para vencimento em maio de 2014 apresentou grande variação do início do ano para as cotações atuais. Segundo o Imea, no dia 22 de janeiro o contrato teve fechamento ao valor de R$ 108,01 a arroba. Pressionado pela alta no mercado físico, o contrato futuro começou uma série de altas a partir do dia 23 de janeiro, quando fechou o dia com cotação de R$ 108,8 a arroba e atingiu o pico de preços no dia 11 de março, quando terminou o dia cotado a R$ 121,79 a arroba e 4.168 contratos negociados, demonstrando alta liquidez. Desde então o preço do contrato futuro para vencimento em maio de 2014 vem apresentando uma zona de indefinição de tendência, com os preços futuros da arroba ficando acima dos R$ 116,00.