-É bem dramático para os EUA não abastecer o mercado chinês – afirma o presidente da Associação de Exportação de Grãos norte-americana, Gary Martin.
Empresas
Produtos transgênicos são cultivados nos EUA desde 1996, e as empresas que os produzem, como Syngenta, Monsanto e DuPont, geralmente estão alinhadas com as tradings que os comercializam, como Archer Daniels Midland (ADM) e Cargill. Agora, ambos os lados discutem quem deve arcar com os prejuízos causados pela China.
Para a Associação de Exportação de Grãos, que inclui ADM e Cargill, os riscos são assumidos pelas produtoras de sementes. A entidade também disse que se opõe a introduzir grãos transgênicos em países que não deem garantias de aprovação. A Syngenta, contudo, não atendeu às recomendações e enviou à China o milho geneticamente modificado que hoje atrapalha todo o setor norte-americano. A empresa não se pronunciou sobre a questão nem se irá arcar com os embarques rejeitados.
Alguns representantes avaliam que as negativas de Pequim têm mais fundo comercial do que de segurança alimentar. Karl Setzer, analista da cooperativa MaxYield, em West Bend (Iowa), diz que a China importa a variedade produzida pela Syngenta há três anos e só veio se posicionar contra o produto agora que começa a reduzir a dependência dos EUA, comprando também do Brasil e da região do Mar Negro. Um porta-voz da embaixada da China nos EUA negou que as rejeições tenham fundo econômico, afirmando que a lei chinesa para produtos transgênicos é “transparente”.
Maior mercado mundial para o milho atualmente, a China importou 5 milhões de toneladas do grão de diversas origens em 2013, bem mais que as 47 mil toneladas observadas em 2008, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
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