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A integração entre os municípios tem objetivo de trocar informações e ampliar a produção de carvão vegetal. A produtora rural, Maria Pereira da Silva, recebeu as quebradeiras de coco e informou sobre o processamento do carvão no tambor de 200 litros e outros produtos extraídos da palmeira, tais como, óleo, fabricação de bolacha, bolo, artigos fitoterápicos com a utilização do mesocarpo do babaçu e também do pequi na produção de óleos, conservas, polpa e outros. Na propriedade é comercializada a farinha do mesocarpo mais conhecida como pó do babaçu. É uma substância considerada rica em fibras, amido e sais minerais. Um pote de 200 gramas é vendido por R$ 15,00.
A Palmeira é muito comum nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Para e Tocantins que utilizam o lenho do babaçu na construção das casas, enquanto que as folhas são utilizadas na cobertura, nas paredes, porta e janelas. Maria Silva lembrou também das dificuldades na comercialização, a licença para trabalhar com o carvão vegetal e aceitação dos consumidores. O médico veterinário da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Lindomar Ferreira Salustiano, lembra que existe a Lei 9.574, que incentiva a exploração, porém falta a questão da licença para produzir e comercializar com segurança o carvão em Mato Grosso.
O engenheiro agrônomo da Empaer, Eduardo Pereira Dary, destaca que as quebradeiras de coco de Luciara, com orientação para extração do óleo não jogam mais as cascas do coco e fazem o carvão vegetal. Segundo Eduardo, a intenção é vender um saco de três quilos de carvão por R$ 10,00, no mercado local.
– Esperamos que o extrativismo aumente a qualidade de vida dessas famílias – enfatiza Eduardo.