No laboratório da Embrapa Soja de Londrina, os pesquisadores testaram durante cinco anos uma maneira para melhorar o rendimento da soja e do feijão no campo. A tecnologia chamada coinoculação foi desenvolvida em parceria com uma empresa de biotecnologia brasileira e já tem registro no Ministério da Agricultura.
Segundo a pesquisadora da Embrapa, Mariangela Hungria, o próprio produtor pode fazer o uso da nova tecnologia. Para isso, basta misturar as bactérias às sementes. São 100 mililitros para cada 50 quilos de semente, o que corresponde mais ou menos ao plantio de um hectare. A formulação pode ser líquida ou na turfa, uma espécie de solo químico. Com a turfa a mistura exige a adição de açúcar. A utilização destes microrganismos reduz o uso de fertilizantes químicos e deixa as plantas mais tolerantes a estresses ambientais, como a seca.
O pesquisador da Embrapa, Marco Nogueira, explica que os nódulos nas raízes indicam maior absorção do nitrogênio e mais benefícios para a planta. Na soja o ganho médio de rendimento chega a 16% em relação a planta não inoculada. No feijão a produtividade pulou para 19%.