Produção de cana deve avançar 7% na próxima safra de Mato Grosso do Sul

De acordo com o presidente da Biosul, Roberto Hollanda Filho, das 22 usinas que operam nesta safra, 12 irão exportar bioeletricidadeA produção de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul deve ter um avanço de quase 7% na próxima safra. O volume colhido pode atingir 44 milhões de toneladas. O setor sucroenergético do Estado utilizará mais de 800 mil hectares para o cultivo da cana, o que representa um aumento de 11,6% em relação à safra passada. Os dados foram divulgados na semana passada semana pela Associação dos Produtores de Bioenergia do Estado (Biosul). O presidente da entidade, Roberto Hollanda Filho, ainda destaca que, da

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De acordo com o dirigente, o número não representa um crescimento, mas uma recuperação na produtividade afetada pelo clima nos últimos anos.

– Essa recuperação na safra é resultado de um investimento muito pesado que o setor tem feito. Nós sofremos muito com o clima nas últimas quatro safras, ora chovia demais, ora de menos, e na safra passada tivemos a pior geada dos últimos 30 anos no Estado. Isso nos custou perdas na atividade agrícola e industrial, que ainda está muito baixa. Ainda não comemoramos esses números, mas estamos lutando para superar o índice, que ainda está bem abaixo da média – destaca Hollanda.

Em relação ao resto do Brasil, o Mato Grosso do Sul apresenta avanço no setor, porque tem muitas usinas novas e capacidade de moagem a ser atendida. O Estado é um dos líderes no índice de conversão de cana moída em bioeletricidade.

– Das 22 usinas que operam nesta safra, 12 irão exportar bioeletricidade – ressaltou Hollanda. 

Sobre as declarações da presidente da Petrobras, Graça Foster, na semana passada, o dirigente da Biosul diz ter se sentido surpreso. Segundo ele, o investimento no setor é alto e a própria estatal sofre com a importação de combustível fóssil, que é revendido no mercado doméstico a um preço bem inferior ao de compra

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