– Desta forma, os teores desses quatro nutrientes podem variar consideravelmente na amostra coletada no talhão da fazenda, dependendo do fato da mesma ser constituída apenas pela folha, ou também pelo pecíolo – explica Kurihara.
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Em um projeto, os pesquisadores demonstraram que havia uma margem para a ocorrência de equívocos no diagnóstico do estado nutricional da soja, pelo método das faixas de suficiência (ou faixa de teores adequados), já que os teores dos quatro nutrientes eram interpretados a partir de uma única tabela, independente do tipo de amostra de folha coletada. Em 2006, foram estabelecidas novas faixas de suficiência para macro e micronutrientes, específicas para amostras de limbo foliar e também para amostras constituídas por limbo foliar mais o pecíolo.
Outra vantagem é que as novas faixas se diferenciavam das faixas de suficiência adotadas anteriormente, por possuírem menor amplitude entre o limite superior e o limite inferior da faixa de suficiência; isto permite maior exatidão no diagnóstico do estado nutricional da cultura da soja. Em 2013, este mesmo grupo de pesquisadores estabeleceu novas faixas de suficiência para a soja, para as condições de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
– A amplitude dos valores é ainda mais estreita. Com isso, é possível melhorar ainda mais o análise foliar – afirma Staut.
Coleta de amostras
Para realizar a análise foliar, o extensionista deve proceder à coleta de amostras de folha segundo os critérios de época e tipo de amostras de folha estabelecidos para a espécie vegetal que se deseja analisar. Outro aspecto levantado pelos pesquisadores é que em cada talhão da propriedade, o extensionista deve coletar amostras de folhas em cerca de 15 a 30 plantas. Kurihara salienta que, para cultivares com crescimento indeterminado, ainda há necessidade de mais pesquisas sobre a época de amostragem e a localização da folha na planta mais adequada para a diagnose do estado nutricional.
Boas Práticas para Uso Eficiente de Fertilizantes
Para elevar a eficiência agronômica dos fertilizantes e minimizar eventuais impactos ambientais, as Boas Práticas para Uso Eficiente de Fertilizantes (BPUFs), ou o manejo adequado da fertilidade do solo, devem ser adotadas. As boas práticas variam devido a alguns fatores, como o tipo de solo predominante na região, do histórico da área e do sistema de manejo do solo e do sistema de produção adotado.No caso do fósforo, a correção é realizada gradualmente devido ao elevado custo do adubo fosfatado. Além disso, a correção gradual diminui a perda da eficiência do adubo fosfatado em decorrência das reações de adsorção e fixação que ocorrem no solo.