• Baixo consumo da indústria e estiagem provocam queda no preço do algodão na entressafra
Membros do setor afirmam que, apesar dos norte-americanos serem os maiores exportadores da commodity, é necessário um contrato internacional porque aqueles negociados nos EUA não necessariamente refletem o mercado global de algodão.
De acordo com Ben Jackson, presidente e diretor de operações da ICE Futures US, a Associação Internacional do Algodão (Icac, na sigla em inglês) e a Associação Americana de Exportadores de Algodão estão trabalhando conjuntamente no lançamento do contrato.
O contrato global será cotado em centavos de dólar por libra-peso e terá os mesmos meses de entrega que os futuros já negociados em Nova York: março, maio, julho, outubro e dezembro. O tamanho de cada lote será de 55.000 libras-peso.
Os países que poderão entregar o produto para cumprir os futuros incluem Brasil, Estados Unidos, Austrália, Índia, Benin, Burkina Faso, Camarões, Mali e Costa do Marfim. O preço dos contratos terá como base o algodão de origem norte-americana, com prêmios e descontos para a produção cultivada nos demais países.
Traders estimam que a Austrália será um dos países a distribuir algodão com um preço mais elevado que o norte-americano. Já a qualidade da Índia e de países africanos vem sendo questionada, uma vez que nestes lugares o algodão é colhido manualmente, deixando-o mais sujo.