Governo vai comprar feijão por meio do programa de Aquisição do Governo Federal

Tentativa é de enxugar a oferta de feijão no mercado e elevar os preços do grãoPara tentar enxugar a oferta de feijão no mercado e elevar os preços do grão, o Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep) deve publicar nesta quarta, dia 7, no Diário Oficial da União (DOU), uma resolução autorizando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a comprar o produto para formação de estoque. As compras devem ser feitas via Aquisição do Governo Federal (AGF).

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O texto não vai trazer as quantidades a serem adquiridas pela estatal, o que depende do interesse dos produtores. Nos próximos dias, os interessados deverão comunicar a Conab a quantidade que devem vender.

A resolução vai definir os limites de vendas dos produtores que, por se tratar de aquisições feitas no âmbito da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), haverá um limite máximo por produtor de mil sacas para a região Centro-Oeste; 750 sacas para as regiões Sul, Sudeste e Norte; e 100 sacas para a região Nordeste.
 
O preço no atacado da saca de 60 quilos de feijão cores em São Paulo passou de R$ 260 em maio do ano passado para R$ 142,50 na semana passada. O estoque público de feijão da Conab na safra 2013/2014 é de 445 mil toneladas, o menor desde a safra 2010/2011.

Segundo a assessoria de imprensa da Conab, o feijão comprado fica armazenado para vendas posteriores e não é usado para doações. Em nota, a estatal afirma que o feijão não se degrada nem perde validade se estocado.

“O que ocorre é que ele vai escurecendo pouco a pouco e ficando mais duro em relação ao tempo de cozimento, e, por isso, diminui gradativamente o valor dele no mercado. Mas não impede a venda de qualquer forma”, diz trecho da nota.