Para que a situação não fuja do controle, o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) criou zonas de emergência nas regiões mais críticas do Estado de São Paulo. Enquanto isso, o que antes era área de laranja virou cana, mandioca e eucalipto. Amargando prejuízos, os produtores foram obrigados a mudar de cultura.
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O produtor João Fischer, no entanto, resiste. Ele tem pomares espalhados em mais dois municípios e o greening está presente em 13% dos pés de laranja.
– Cura não tem, você tem que erradicar, fazer novos plantios, tratamento extensivo com diversos inseticidas para que o vetor seja eliminado – diz.
Segundo a Secretaria de Agricultura de São Paulo, em 2012 a presença da bactéria nos pés de laranja era de 6,9%. Em 2013 subiu para 9,8% e 2014 deve chegar a 14%. Para 2015, a previsão é de quase um quinto .
O pesquisador da Fundecitrus Juliano Ayres comenta que o índice do greening ainda está relativamente baixo, embora esteja aumentando.
– Não basta você fazer um controle na sua casa se o vizinho não faz. Então temos que ter uma consciência coletiva de que todos tem que fazer o controle no momento que a população do inseto começar a crescer – explica.
Diante disto o Fundecitrus criou uma zona de alerta para monitorar a população do inseto para que o citricultor saiba o momento mais oportuno e acertado de se fazer o controle na região toda. Mesmo fazendo o dobro de aplicações que realizava no passado, João não pretende desistir.
– Não sei até quando eu vou conseguir suportar o greening, mas vou tentar até o final – comenta.
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