• Julho promete mais chuva para o Sul do Brasil
– Quando você tem muita chuva e o desenvolvimento vegetativo é muito grande, principalmente em solos de alta produtividade, algumas variedades podem ter acamamento diz o Pesquisador Manoel Carlos Bassoi.
O acamamento é a tendência das plantas caírem, o que compromete o desenvolvimento e a produtividade da cultura. Para evitar este problema, os produtores devem atentar para algumas técnicas de manejo. Bassoi sugere que a adubação nitrogenada de cobertura seja feita logo após a emergência das plantas, ou seja, logo que elas aparecerem na lavoura, até apresentarem de duas a três folhas, no máximo. Se a aplicação dos fertilizantes for feita depois do perfilamento, a possibilidade de acamamento é maior, por causa do comprimento do caule da planta.
Os pesquisadores indicam a aplicação de 40 quilos por hectare de nitrogênio (N) se a cultura anterior tiver sido a soja, e de 60 a 80 quilos por hectare se a cultura anterior tiver sido milho. Outra recomendação é o uso de redutor de crescimento nas plantas. Neste caso, a aplicação deve ser feita quando cerca de metade da lavoura apresentar o primeiro nó visível no caule principal..
– Nós estamos chamando a atenção este ano principalmente para as lavouras que foram plantadas mais tarde, em maio e junho, nas quais ainda é possível fazer este manejo – conclui o pesquisador.
As recomendações de manejo para evitar o acamamento valem para todas as cultivares de trigo, mas em especial, para as variedades BRS Pardela e BRS Gralha Azul, desenvolvidas pela Embrapa. Pela alta produtividade, ambas são mais suscetíveis ao acamamento.
A variedade BRS Pardela representa 7% da produção do Paraná e a BRS Gralha Azul, 12,5%. A área plantada com trigo no Estado este ano deve ser 32% maior do que na safra passada, atingindo 1,32 milhão de hectares.