A Embrapa está concluindo uma série de estudos sobre as características, desafios, problemas e pleitos dos produtores da região de Mapitoba, composta pelo oeste baiano e outras regiões do Tocantins, Maranhão e Piauí, e, com o levantamento em mãos, fará nova rodada de conversas com o setor produtivo.
A grande preocupação dos cotonicultores baianos é dar sustentabilidade à cultura do algodão, reduzindo os custos de produção a partir do fortalecimento da pesquisa e da inovação no combate às pragas que castigam o campo. A reunião realizada no dia 16 de junho teve a participação de representantes de associações de produtores de algodão e de entidades de pesquisa.
O presidente da CNA reconheceu sua inquietude diante da situação, para a qual defende soluções práticas e rápidas. Lopes respondeu que a Embrapa sabe da urgência dos produtores e prometeu iniciar o diálogo com as lideranças da região assim que forem analisados os estudos que ele espera sejam concluídos nesta semana.
No momento, a Embrapa colocou 33 pesquisadores na região para avaliar os efeitos das pragas e doenças que atacam as culturas do milho, da soja e do algodão. No entender do presidente da Fundação Bahia, Ademar Antônio Marçal, a geração de emprego e renda que vem da produção agrícola pode ser comprometida devido ao surgimento de novas pragas.
A pecuária também foi tema de discussão no encontro. O presidente da CNA destacou as dificuldades enfrentadas pelos criadores de gado de leite na Bahia, que detém um dos maiores rebanhos de bovinos do país, mas precisa melhorar a assistência técnica específica para o produtor de leite. Os dois presidentes reafirmaram o interesse em fortalecer a parceria já existente entre a CNA e a Embrapa para buscar novas tecnologias a serem utilizadas na produção de leite.