Baixa oferta do boi gordo eleva preço da arroba

Frigoríficos relatam dificuldade para preencher as escalas de abateAs cotações da arroba do boi gordo acumulam alta em junho, devido a pouca oferta no mercado. O Indicador Esalq/BM&FBovespa do boi gordo no Estado de São Paulo fechou a semana anterior a R$ 123. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), na expectativa de preços maiores, os pecuaristas têm certa resistência em realizar novas efetivações.

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Já os frigoríficos relatam dificuldade para preencher as escalas de abate. Segundo o Cepea, o ritmo de negócios segue lento, reforçado pelos feriados e pelos jogos da Copa, que encerram o expediente do comércio mais cedo em muitas cidades. Essa baixa liquidez resultou em pequenas quedas de preços em alguns dias deste mês.

De acordo com a Scot Consultoria, em Mato Grosso houve alta na referência em duas das quatro praças pecuárias. A oferta restrita de bois de pasto tem desenhado esse cenário. Os animais de cocho ainda não chegaram com frequência no Estado.

Em Goiás os animais de confinamento começam a compor as escalas em maior volume, o que gerou pressão de baixa na sexta. Em Goiânia houve queda nos preços e o boi gordo tem sido negociado por R$116,00 a arriba, à vista.

Segundo a consultoria, no mercado atacadista de carne houve queda no atacado em virtude da piora do escoamento nos últimos dias. O boi casado de animais castrados vem sendo negociado, em média, por R$7,84 o quilo, queda de 1,6% em relação ao início da semana passada.

Exportações

Segundo o Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea) houve queda nas exportações de carne bovina, mas, se for observado o comportamento desse indicador de demanda no ano de 2014, está aquecido. No Estado, a participação das exportações na produção de carne bovina nos cinco primeiros meses de 2014 está 25,20%, que está acima do valor no mesmo período de 2013 (16,38%) e também acima da média histórica para esse indicador (18,49%).

De acordo com o levantamento, na semana passada foi mostrado como a demanda interna está aquecida e agora quando se mostra como as exportações estão ajustando a oferta de carne bovina no mercado interno, não se podia esperar outra coisa a não ser elevações nas cotações, sejam elas do animal vivo e terminado, da carne bovina com osso ou sem osso no atacado ou então dos preços que o consumidor está pagando nas gôndolas dos supermercados e açougues.

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