A brusone, também chamada de branqueamento de espiga, é uma das principais doenças da cultura. Temperaturas entre 24°C e 28°C, chuva em excesso e dias nublados são alguns dos fatores que influenciam o desenvolvimento da doença.
– A brusone do trigo é afetada pela temperatura, pela ausência de dias frios e pelo tempo de molhamento da planta. Tivemos pouca chuva e temperatura acima do normal, estamos com o ataque da brusone com grandes perdas. O fungo é agressivo, o meio de controle são fungicidas, hoje, a brusone é o fator limitante número um no trigo do cerrado – reforça o engenheiro agrônomo, Edson Tomonari.
Milho
Em outro município da região, o produtor Ney Fernandes já prevê perdas na lavoura de 150 hectares de milho. Ele conta que, sem chuva, a planta não se desenvolveu completamente e os grãos estão menores do que o normal. Fernandes diz que das 100 sacas por hectare previstas inicialmente, devem ser colhidas entre 70 a 80 sacas.
– A lavoura de milho tem sofrido muito com a alteração climática e a gente já está computando perdas provocadas pelo clima. Esperamos conseguir tirar pelo menos os custos com o milho safrinha. Mas, já estamos computando perdas em torno de 20% a 30% de prejuízos. A mudança climática é um novo laboratório para os produtores e temos que estar atentos para tentar colocar o que há de melhor em cada cultura, o melhor possível para minimizar esses problemas – salienta Fernandes.
Uma das alternativas para enfrentar os problemas com o clima tem sido a irrigação. Segundo o engenheiro agrônomo, é preciso ser feita de forma controlada por causa do baixo volume de água nos mananciais.
– Cada vez mais os volumes de chuva diminuem, são três anos seguidos com precipitação abaixo da média. Por isso, tem que ter o uso mais racional da água, o investimento da empresa é para usar a quantia certa da água que a planta precisa – explica.
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