A seca começou em dezembro de 2013, e o produtor ficou esperando pela chuva que não chegou. Com isso, o resultado da pastagem foi devastador, ela secou e não cresceu como deveria.
– As pastagens estão bem secas, e em outros anos, numa época destas, estariam maiores ou, até então, mais verdes do que nesta época – afirma Adolfo Machado Arruda, engenheiro agrônomo.
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A pastagem seca serve de alimento para o gado. O problema é que ela perde em proteína, e a consequência para não ter que diminuir o plantel é um gasto maior.
– O gado vai ter uma deficiência de proteína, então nós temos que fornecer uma ração balanceada pra suprir esta necessidade, pois o pasto não atende a esta necessidade do gado. Com isso, temos um custo maior com ração e silagem, antecipando o custo porque nós tivemos uma seca muito grande – explica Arruda.
Há cerca de 10 mil cabeças de gado em condições desfavoráveis de alimentação em Indaiatuba. O presidente do Sindicato Rural de Indaiatuba, Wilson Tomaseto, relata a dificuldade dos produtores locais, principalmente a falta de dinheiro para compensar a alimentação do gado.
– Não tem mais o que fazer. Hoje, o gado tá comendo um pouquinho de pasto seco que tem. Daqui a pouco não mais nada. E pra suplementar com alguma ração o custo se torna até inviável. Os produtores não sabem mais o que fazer. Quem pode está fazendo, mas muitos não tem condições de fazer este tratamento do gado – lamenta Tomaseto.
Há casos de produtores que já cancelaram as vendas programadas para este período.
– A maioria está achando que o gado emagreceu. O que eles tinham de venda prevista para estes dois meses já não terão condições de vender porque o gado perdeu bastante peso – completa Wilson Tomaseto.
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