• Exportação de soja corresponde a 13,9% das vendas brasileiras ao exterior
O secretário-geral da associação, Fabio Trigueirinho, atribui o ajuste na projeção ao fato de que as exportações do grão no primeiro semestre deste ano já superaram em mais de 20% o total embarcado entre janeiro e junho de 2013 e devem continuar fortes até setembro, quando os Estados Unidos voltarão a abastecer o mercado com sua safra 2014/2015.
– O Brasil estará praticamente sozinho para suprir o mercado, uma vez que os EUA já não têm muito estoque e a Argentina está reticente na comercialização em função de eventuais mudanças no câmbio – explicou.
Já a projeção de esmagamento neste ano foi reduzida em 1,6% pela Abiove, de 37,6 milhões de toneladas para 37 milhões de toneladas.
– O esmagamento está abaixo da nossa expectativa inicial porque temos questões tributárias que tiram a competitividade da nossa indústria – reforçou Trigueirinho. Ainda assim, a quantidade a ser processada deve ficar 2,12% acima das 36,23 milhões de toneladas esmagadas em 2013, conforme o levantamento da associação.
Com a redução nas atividades de processamento, a produção brasileira de farelo de soja deve somar 28,1 milhões de toneladas em 2014, 1,9% menos que as 28,65 milhões de toneladas previstas no começo de junho, mas 1,7% acima das 27,62 milhões de toneladas produzidas em 2013. Já de óleo de soja deve atingir 7,15 milhões de toneladas, um volume 1,3% inferior às 7,25 milhões de toneladas projetadas em junho, porém 1,06% maior que as 7,07 milhões de toneladas do ano passado.
A Abiove prevê que o Brasil exportará 13,55 milhões de toneladas de farelo e 1,05 milhão de toneladas de óleo de soja em 2014, ante 13,37 milhões e 1,38 milhão de toneladas em 2013, respectivamente.
– O país é um grande exportador de matéria-prima, não temos nada contra isso, mas precisamos equalizar as condições para agregar valor à cadeia da soja – disse Trigueirinho.