De acordo com o coordenador técnico da Cotrijal, Fernando Geraldo Martins, as variações de temperaturas fazem com que os insetos tenham maior ou menor grau de reprodução.
– Temos que ter atenção redobrada com duas espécies, corós e pulgões, insetos que quando não manejados de forma correta, causam danos no potencial produtivo das plantas – pontua.
No caso dos corós, Martins chama a atenção para a localização da praga, que geralmente é encontrada na base das plantas e acaba danificando o sistema radicular.
– O combate dessa praga inicia com um bom tratamento de sementes e com um monitoramento frequente nas lavouras.
Para os pulgões, a orientação pode variar de acordo com o clima. Segundo o coordenador, o residual dos produtos utilizados no tratamento de sementes tem rotação a partir do plantio, o que significa que em anos chuvosos o produto tende a se dissolver com mais rapidez e perde a longevidade de controle.
– O atual cenário de chuvas frequentes é propício para o desenvolvimento de pulgões, que vão se localizar na base da planta e rente ao solo, o que dificulta o controle com inseticidas – comenta Martins. Segundo ele, é importante evitar os danos dessa praga.
Tudo começa nas pastagens
Uma pastagem de aveia infestada de pulgões é a iminência de lavouras de trigo e cevada com a presença da praga. Para Fernando Geraldo Martins, isso pode auxiliar muitos agricultores a identificar o problema com antecedência e a realizar o controle.
– Seria importante a realização de um tratamento de sementes em aveia, assim seria menor a população do inseto na cultura principal (trigo e cevada), o que deixará mais fácil o controle. As aveias são proliferadoras do pulgão, que ao contaminar as plantas como o Vírus do Nanismo Amarelo (VNAC), também o transmitirá para a cultura
principal – diz Martins, que alerta que uma planta infectada terá aspecto
avermelhado e morte da área foliar. A contaminação da virose acontece entre 24 e 72 horas.
Alertas de inverno
Percevejos são pragas que estão se proliferando em todas as culturas. Segundo o Departamento Técnico da Cotrijal, o controle dessa praga deve seguir as mesmas orientações utilizadas para combater o pulgão. Outro alerta é em função de revoadas e coletas de mariposas em armadilhas. Martins lembra que em 2013 muitas áreas tiveram danos causados pela Helicoverpa armigera em culturas de inverno.
– Esse movimento de mariposas nos mostram que poderemos ter a presença da lagarta na fase final de desenvolvimento das culturas de inverno. Fica o alerta.