Federação da Agricultura gaúcha busca medidas para ajudar triticultores do Estado

Farsul pede ampliação do calendário de zoneamento agrícola de risco climático para todo o Rio Grande do SulAs fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul estão multiplicando os problemas para a cultura do trigo, que já enfrenta dificuldades desde a retirada da Tarifa Externa Comum (TEC) para importação de um milhão de toneladas de fora do Mercosul. Os triticultores gaúchos estão desestimulados e alguns pensam em desistir da atividade.

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Em Erechim, no norte do Rio Grande do Sul, choveram 520 milímetros em seis dias. A enxurrada aconteceu justamente em um momento crucial, o do plantio. O produtor rural Roberto Baseggio investiu mais de R$ 500 por hectare em sementes, tratamento e dessecação. Com 720 toneladas estocadas, afirma que perdeu, em média, R$ 9 por saca.

A Federação da Agricultura gaúcha (Farsul) pediu a ampliação do calendário de zoneamento agrícola de risco climático para todo o Estado, além da retirada da taxa da Marinha Mercante:

– Já está confirmada a posição de alongamento desse período, para complementação da lavoura – afirma Carlos Sperotto, presidente da Farsul.

A entidade ainda buscou apresentar um estudo técnico à Camex, na tentativa de fazer com que a decisão sobre a retirada da TEC fosse reavaliada, mas o pedido foi negado. O governo garantiu a reativação da câmara temática de Comércio Exterior e Exportação do Ministério da Agricultura.

O presidente da Farsul tenta, também, incluir os Estados do Paraná e de Santa Catarina na medida que diminui o ICMS de 8% para 2%. A redução foi concedida pelo governo gaúcho para os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

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