Proprietário de uma área de 62 ha, o produtor Irinaldo cultiva soja, tem gado de leite e está retirando sua maior renda no cultivo do maracujá. Ele supera a média da região e produz 35 ton/ha de maracujá. O preço do quilo fica entre R$0,70 a R$0,95, com toda produção sendo comercializada numa indústria de polpa localizada no município de Sinop, 500 quilômetros ao Norte da capital.
– Comecei o plantio do maracujazeiro em 2011 e hoje me sinto bem e calmo, seja plantando ou tomando o suco do maracujá – brinca Oliveira.
Com o cultivo irrigado, a lavoura da variedade Gigante Amarelo produz de oito a dez meses por ano. O extensionista da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Antonio Sérgio Faustino da Silva, fala que os primeiros plantios de interesse comercial surgiram nos assentamentos Mercedes I e II. Atraídos pelos bons resultados, outros agricultores familiares estão apostando na cultura. Ele explica que os produtos selecionados com padrão de mercado são vendidos in natura por até R$3,50 o quilo.
A expectativa é ampliar a área plantada do maracujazeiro e diversificar o plantio com outras frutíferas como abacaxi, acerola e etc. Antônio também destaca:
– O maracujá é uma planta de clima tropical e está em franca expansão tanto para a produção de frutas para consumo in natura como para a produção de suco.
Devido às suas propriedades terapêuticas, o fruto tem valor medicinal: as folhas e o suco contêm passiflorina, um sedativo natural e o chá preparado com as folhas têm efeito diurético. O maracujá é utilizado na alimentação humana, na forma de sucos, doces, geléias, sorvetes e licores. Além disso, é rico em vitamina C, cálcio e fósforo, e é popularmente conhecido como a fruta da tranquilidade.
• Maracujá silvestre desenvolvido pela Embrapa já é cultivado em todo o país