Plantas guaxas contaminadas pela ferrugem ameaçam produção em Mato Grosso

Margens das rodovias e áreas urbanas estão cheias de mudas que se desenvolveram devido às chuvas, na entressafraO Estado de Mato Grosso está em período de vazio sanitário, mas as plantas guaxas - as mudas sobreviventes da colheita da safra anterior - estão preocupando a Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura no Estado. O período de entressafra foi chuvoso, o que propiciou a sobrevivência e o desenvolvimento de plantas daninhas de soja, que estão contaminadas pela ferrugem asiática e são uma ameaça à nova safra.

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Segundo Guerra, existe uma “gigantesca ponte verde em vários Estados, e os grãos que caem às margens das rodovias ficam criando pragas diversas”.

– Estou muito preocupado – diz o coordenador, que percorreu várias cidades do Estado.

As plantas guaxas estão tomadas pela ferrugem e em 50 dias deve iniciar o plantio da próxima safra de grãos em Mato Grosso.

– A ferrugem sobrevive mais de 40 dias na planta seca, então mesmo que a planta venha a morrer, ainda assim ela vai ter a ferrugem – justifica Guerra.

A obrigação de eliminar as plantas guaxas durante o vazio sanitário é do produtor rural. Além da área de lavoura, as guaxas que se desenvolvem à margem da rodovia, em frente às propriedades, também devem ser arrancadas. A legislação prevê multa caso esse trabalho não seja executado. Mas o coordenador sugere que a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MT) também assuma a responsabilidade pela eliminação das mudas sobreviventes.

– O Instituto Matogrossense do Algodão (Ima) já faz um trabalho interessante, de destruição das plantas guaxas de algodão. Então, assim como o Ima, a Aprosoja poderia destruir as guaxas de soja dentro das cidades e nas rodovias que não têm produção em frente – sugere.

Segundo Dias, as guaxas estão mantendo “a pior das ferrugens, que está saindo da soja safrinha”. E dentro das cidades e nas rodovias “a situação é terrível”.

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