• Colheita do milho safrinha em MS causa preocupação nos produtores
Este é um bom momento também para fazer estoque. Na unidade da empresa em que o cerealista Claudinei de Carvalho trabalha, em Pilar do Sul (SP), a capacidade de armazenagem é de 13 mil toneladas. Entretanto, a baixa de preço não é vantajosa para os produtores:
– O custo de produção hoje é alto e vender a R$ 20,00 com a produção que tem é o suficiente para pagar o custo, não para lucrar – informou o cerealista.
Atualmente, 40% dos grãos são vendidos para as tradings a um preço na faixa de R$ 23,00. O produto restante é comercializado no mercado interno, diretamente para as granjas ou cooperativas, a R$ 25,00 a saca. De acordo com Carvalho, os valores devem se manter pelo menos até a próxima safra:
– Depende do que vai ser a próxima safra de verão. Se plantarem pouco, pode ser que ele comece a reagir pelo mês de novembro. Por enquanto, a relação é esta: bastante produto, preço baixo.
Segundo a analista de mercado Amaryllis Romano, o preço do milho deve cair ainda mais até o final do ano:
– Também afeta a formação do preço a expectativa de que, a partir de setembro, entre muito milho no mercado internacional por conta de mais uma safra recorde dos Estados Unidos. Podemos dizer que tem milho sobrando e isto colabora para uma queda das cotações aqui dentro. Compensa mais para o produtor, se ele puder, segurar o milho do que deixaram fazer estoque com a produção dele.