Os candidatos falaram sobre suas propostas de governo para cerca de 700 empresários. Os candidatos de oposição não pouparam críticas à gestão de Dilma Rousseff e nem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos definiu como esclerosado e falido o atual modelo de gestão política. Já o candidato do PSDB, Aécio Neves, considerou o governo de Dilma como um governo de escolhas equivocadas, desorganizado e incapaz de definir prioridades.
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Entre as propostas apresentadas pelo tucano, estão o corte pela metade no número de Ministérios e reduzir em um terço os cargos comissionados. Focando na produtividade, Aécio falou em aumentar de 18% para 24% do PIB o total de investimentos no país. Assim como o ex-governador mineiro, Campos prometeu reforma tributária, com o envio de projeto ao congresso ainda na primeira semana de governo.
Os dois candidatos apontaram a necessidade de realizar acordos bilaterais para aumentar a competitividade do Brasil e prometeram desonerar as exportações. Também colocaram como prioridade os investimentos em infraestrutura com atração de capital privado e mais atenção ao setor de energia e combustíveis.
– Mais de 40 usinas de etanol foram fechadas nos últimos anos, cerca de 15 estão em processo de recuperação judicial. Deixamos de criar 1 milhão de empregos, diretos e indiretos. Assumimos um compromisso claro com o resgate do programa do etanol, do ponto de vista estratégico, social e do ponto de vista ambiental. O Brasil hoje vai na contramão do mundo – afirma Aécio Neves.
– Precisamos dar regras claras para a Petrobras sobre as suas receitas. Não há um planejamento específico, se politiza a sua gestão. Pega a principal fonte de renda e congela, porque não faz a política macroeconômica correta. A Petrobras teve sua dívida quadruplicada em quatro anos – reclama Eduardo Campos.
A presidente Dilma Rousseff criticou o pessimismo com a economia brasileira e fez um balanço dos programas sociais de seu governo, em especial os ligados à educação, considerada por ela um dos caminhos fundamentais para o aumento da competitividade. A candidata do PT à reeleição garantiu o incremento da participação brasileira no comércio mundial seguirá como prioridade, assim como a atração de investimentos nacionais e internacionais. Ela defendeu uma reforma tributária de forma sistemática e a participação popular na reforma política.
– Sobre a questão da reforma tributária, ela deve ser feita, sim. Há duas possibilidades, uma geral e ampla, ou uma de forma sistemática, que estamos fazendo. No caso da reforma política, eu vejo de forma diferente. Eu só acredito que o Brasil fará uma reforma política dentro de uma grande participação popular. Por isso, eu acho o plebiscito necessário – reforça Dilma Rousseff.
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