Segundo Roberto Fava Scare, coordenador do AgroFEA, um dos motivos para a mudança de otimista para pessimista no índice de confiança foi a reversão no cenário de preços dos grãos.
– Na rodada anterior, que se deu em época de colheita, não houve a queda que se esperava principalmente devido aos bons preços dos grãos – disse Scare.
Agora, segundo ele, a expectativa é de queda de preço ao final da colheita, reflexo da supersafra norte-americana, que deixa o produtor mais cauteloso.
Um dos indicadores utilizados no cálculo do ICPRural, o de preços, ficou em 60,8 pontos, menos da metade dos 129,3 pontos do indicador para preços em abril.
– Além dos preços de venda, os produtores enfrentam elevação nos custos de produção, o que resulta em menos investimento em máquinas, implementos e insumos em geral – afirma o coordenador.
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O subíndice de equipamentos, que mede a intenção de investimentos em máquinas, ficou em 66,4 e o indicador de insumos ficou em 89,8 pontos em julho e também indicam pessimismo. No entanto, são as condições atuais que mostraram os piores números entre os produtores rurais, com um indicador em apenas 57,7 pontos no levantamento de julho.
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