– A região é muito promissora e tem muita área que pode ser incorporada, tanto na soja quanto no milho; na outra ponta, existe a ineficiência de infraestrutura, que é bastante grave na região. Esta é grande pauta que a Aprosoja traz para o Araguaia, a defesa constante dos projetos de infraestrutura. A Aprosoja é uma entidade que cobra a execução dos grandes projetos e fica como uma grande defensora dos interesses dos produtores. Esperamos que a gente consiga ainda dentro desse ano ter algumas realizações dos produtos entregues ao produtor, como por exemplo a licitação da BR-242 e o entorno da área indígena da BR-158; que esses projetos possam ser realmente executados – ressalta o presidente da Aprosoja/MT, Ricardo Tomcyzk.
Outro modal de transporte que estava parado na região e agora está ganhando a atençao é a hidrovia Rio das Mortes Araguaia Tocantins, que liga Nova Xavantina ao Porto de Vila do Conde, no Pará.
– A hidrovia já funcionou e foi interrompida. Há 20 anos que esse licenciamento está parado e a Aprosoja, no ano passado, no oitavo circuito, identificou a carência da região e realizou diversas ações. A gente pretende, muito em breve, destravar todo o processo de licenciamento e tudo que está emperrando o funcionamento da hidrovia do Rio das Mortes e do Rio Araguaia – destacou Tomcyzk.
– Este ano a gente fez um levantamento de custo de transporte de Nova Xavantina até a Vila do Conde, onde seriam gastos R$ 120,00 por tonelada. Fazendo um custo rodoviário de 2 mil quilômetros de Santos e Paranaguá, gasta-se R$ 260,00, então, com a hidrovia, seria uma economia de R$ 140,00 por tonelada. Isso é muito significativo, é muita economia. O dinheiro poderia ficar aqui e fomentar o desenvolvimento das regiões no interior do país – aponta o delegado da Aprosoja na Região Leste, Endrigo Dalcim.
Mercado
Os produtores que participaram dos encontros também puderam se informar sobre o mercado da soja e do milho. O sentimento é de preocupação diante do elevado custo de produção no Brasil e da estimativa de safra recorde nos Estados Unidos.
– Talvez este ano nós teremos baixa, mas eu vejo que o produtor está consciente, percebendo que esse é um ano de muita cautela. A mensagem que a gente passa é que o mercado tem altos e baixos e que há muitas coisas para acontecer, o importante é o longo prazo, nosso setor é muito sustentável, forte e promissor. Nossa atividade de produzir alimento é muito nobre e promissora do mundo, esse é o recado que a gente vem dado – ressaltou o diretor-executivo da Aprosoja/MT, Marcelo Duarte.
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