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As indústrias envolvidas no caso intensificaram a fiscalização nos últimos dias. Uma delas já identificou a participação de produtores rurais na adulteração do produto, segundo afirma o secretário-substituto do Departamento de Defesa Agropecuária do Mapa (SDA/Mapa), Marcos Valadão.
– As próprias cooperativas, após a fiscalização do Mapa, intensificaram seus métodos de controle e já encontraram produtores que adicionavam álcool ao leite – disse Valadão.
Apesar das constantes fraudes, dados da Divisão de Inspeção de Leite, Mel e Derivados, do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, do Departamento de Defesa Agropecuária do Mapa (Dilei/Dipoa/SDA/Mapa) mostram que a situação do Estado não é diferente do restante do país. No Rio Grande do Sul, 97,4% das coletas de leite realizadas estão dentro das conformidades.
– Considerando 2007 até 2013, foram 166 situações praticamente iguais a essas no Brasil – afirmou Alexandre Fernandes, do Dilei/Dipoa/SDA.
O Mapa afirma que está atuando em regime de fiscalização especial junto às duas cooperativas gaúchas, e que até o ano que vem um novo sistema de análises deve ser implantado, permitindo que os testes sejam feitos de forma automatizada, o que vai tornar o processo mais rápido.
– Nós conseguimos autorização do ministro Neri Geller para poder imediatamente iniciar o desenvolvimento do sistema – colocou o diretor do Dipoa/SDA/Mapa, Leandro Feijó.
Nos casos de fraudes mais graves, feitas pela indústria, onde houve adição de soda cáustica , água oxigenada e formol , Feijó diz que a própria lei impede o fechamento definitivo das empresas.
– Existe um trâmite burocrático administrativo que deve ser seguido. Muitas vezes, uma, duas ou três ocorrências, não dão elementos jurídicos suficientes para determinar o fechamento do Serviço de Inspeção Federal (SIF).
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