Produtores já fizeram até protestos contra a decisão de Moscou. A Holanda é um dos maiores exportadores mundiais de tomate, batata e pepino e ainda luta para se recuperar da crise econômica que provocou uma onda de falências. De acordo com eles, o embargo já está criando um excesso de oferta no país, e os preços desses alimentos começam a cair.
O veto russo também atrapalha as instituições financeiras da Holanda. O próprio Rabobank, por exemplo, viu o lucro líquido cair 3% no primeiro semestre, para 1,08 bilhão de euros (US$ 1,44 bilhão), devido a um aumento de 7% nos empréstimos podres. O banco tem 7 bilhões de euros expostos ao setor hortifrutigranjeiro holandês.
Na semana passada, o governo do país anunciou um programa de redução de horas de trabalho. O esquema permite que empresas recebam subsídios e evitem o corte de funcionários.
Projeção da agência nacional de estatísticas CBS, contudo, mostrou que a economia holandesa como um todo não deve ser tão afetada pelo embargo. A proibição de importações, adotadas por Moscou no início de agosto, deve prejudicar apenas 0,1% do total de vendas externas da Holanda, ou 527 milhões de euros (US$ 701 milhões).