O levantamento foi divulgado nesta segunda, dia 1º, pela Emater/RS-Ascar, durante a 37ª Expointer, em Esteio (RS). Os dados do primeiro levantamento sobre a intenção de plantio abrangem 82% da área a ser cultivada com arroz (82 municípios), 72% do projetado para o feijão 1ª safra (187 municípios), e 77% das áreas de milho (322 municípios) e soja (276 municípios).
Os fatores determinantes para este aumento na área e na produção podem ser explicados, conforme o presidente da Emater/RS, Lino De David, pela capitalização dos agricultores devido aos excelentes resultados obtidos nas duas últimas safras, ao maior acesso dos produtores às políticas públicas e ao crédito e aos preços estáveis do mercado. A ocorrência do fenômeno El Niño, com chuvas acima da média, também foi outro fator apontado como favorável à obtenção de uma boa safra.
Entre as culturas analisadas, a do feijão 1ª safra e a do milho devem apresentar uma redução na área a ser cultivada na safra 2014/2015, respectivamente, de 5,24% e 5,74%. Já as culturas do arroz e da soja terão um aumento de, respectivamente, 1,98% e 2,8% nas áreas cultivadas.
– A tendência é que se amplie o cultivo da soja nas regiões da Fronteira Oeste e extremo oeste, onde o aumento foi de, respectivamente, 117% e 243%, nos últimos nove anos – disse o diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus.
A Emater/RS-Ascar também apresentou os dados referentes à produção de milho para silagem, importante insumo para a atividade leiteira no Rio Grande do Sul. A área destinada a este grão será de 364 mil hectares, ou 29% dos cerca de 1,24 milhão de hectares cultivados com milho no Estado.
Com relação ao Valor Bruto de Produção (VBP), ou seja, o valor recebido pelos produtores, a safra de 2014/2015 pode gerar aproximadamente R$ 21,8 bilhões à economia do Estado
Arroz
Apesar dos altos estoques e algumas dificuldades durante a comercialização da safra passada, os preços estabilizados em relação às médias históricas parecem ter causado um estímulo entre os plantadores. Além disso, há de se considerar que não existem problemas com as barragens este ano, uma vez que já atingiram suas cotas máximas nas principais regiões produtoras, aumentando a tranquilidade dos produtores em relação à irrigação.
Feijão
Nem mesmo o expressivo valor do produto ao longo do último ano foi capaz de frear a diminuição da área cultivada, tendência observada desde 1995. Além disso, para esta safra, a concorrência com a soja tem se mostrado desfavorável ao feijão, fazendo com que os produtores prefiram a oleaginosa, principalmente aqueles mais tecnificados.
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Milho
O milho destinado à produção de grão, a exemplo da safra passada, novamente terá área “roubada” pela soja, uma vez que, na comparação em termos de preço e rentabilidade entre as duas culturas, esta última leva grande vantagem sobre a primeira. Para a safra 2014/2015, a área semeada ficará abaixo de um milhão de hectares.
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Soja
Na soja parece se confirmar o que era esperado por todos os integrantes da cadeia agrícola. Preços em alta e demanda aquecida fazem com que os agricultores se interessem mais pela produção da soja. Serão cultivados 141 mil hectares a mais na safra 2014/2015, sendo 88 mil hectares em áreas novas, que tradicionalmente eram ocupadas pela pecuária (campo nativo/pastagens) ou mesmo arroz, principalmente na região sul, Campanha e Fronteira Oeste.
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