• Todas as notícias de cana-de-açúcar
• Ocupações de usinas de cana-de-açúcar em São Paulo geram tensão entre os produtores
Metade dos mil trabalhadores está sendo dispensada. De acordo com a empresa, a estiagem causou uma redução de 40% na moagem prevista, de dois milhões de toneladas de cana. Houve redução proporcional na produção de açúcar, etanol e energia elétrica. Os baixos preços atuais do etanol também pesaram na decisão da empresa de enxugar os quadros. De acordo com a direção da usina, todos os direitos trabalhistas dos demitidos serão pagos. Parte dos trabalhadores pode ser recontratada na próxima safra, que terá início em maio.
Outras usinas do Estado de São Paulo também estão iniciando a entressafra mais cedo por causa da estiagem. Normalmente, as operações de colheita e moagem da cana seguem até o final de novembro. De acordo com a Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana), a falta de chuvas prejudicou o desenvolvimento dos canaviais e aumentou o custo operacional das usinas. A safra deve fechar com queda de 20% a 25% na produção.
Estimativa do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) aponta quebra acumulada até agosto, pico da safra, de 16%. A Associação da Indústria de Cana do Centro-Sul do Brasil (Unica) estima que as usinas da principal região produtora do país encerrarão a moagem trinta dias mais cedo por causa da safra reduzida pela estiagem. Na região de Ribeirão Preto, seis usinas já pararam a produção.