Encontro técnico em Minas Gerais discute cadeia da pecuária nacional

Debate em Uberaba (MG) reuniu técnicos, estudantes e produtores para debater o futuro da produção brasileiraUm encontro técnico realizado pelo Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), em Uberaba, debateu questões sobre a cadeia produtiva da pecuária nacional. O evento aconteceu nesta quarta, dia 10, e foi organizado pelo Núcleo de Estudos em Pastagens, Produção e Alimentação de Ruminantes (Neppar).

• Conheça as raças que geram carne de alta qualidade no Brasil

Produzir mais em menos tempo, com qualidade e de maneira sustentável. Esses são os objetivos da pecuária moderna. Seja no corte ou no leite, a eficiência não é só uma questão de competitividade, mas sim de sobrevivência para no mercado. Estudantes, professores e técnicos se reuniram com a mesma intenção: discutir soluções e tecnologias que auxiliem os sistemas de produção e torne a pecuária uma atividade mais atrativa.

– Do jeito que nós trabalhamos com a pecuária hoje, ela não é competitiva frente à agricultura, por isso que nós perdemos área de pastagem. Se trabalharmos com tecnologia e informação, a pecuária se torna mais atrativa que a agricultura – afirma Dawson Guimarães Faria, coordenador do curso de Zootecnia do IFTM.

• Produtores de leite do Sul firmam compromisso econômico mirando na exportação

A baixa oferta de alimentos nas pastagens do país também tem aumentado o preço do boi magro, que hoje já corresponde por 70%, em média, do custo operacional nos confinamentos.

– A disponibilidade desse boi magro reduziu muito, e o custo dele está muito alto. Hoje se paga um ágil, dependendo da região, de 5 a 30% da arroba do boi gordo. Isso coloca uma pressão muito grande no custo da arroba colocado dentro do confinamento. Sem dúvida, hoje o que limita a expansão do confinamento no Brasil é a disponibilidade do boi magro – ressalta o gerente de tecnologia da Nutron, Pedro Veiga.

• Exportação de carne bovina cresce 10,4% de janeiro a agosto, diz Abiec

Segundo especialista, o capim é a principal fonte de proteína para o gado e precisa ser tratado como cultura. Um levantamento do Ministério da Agricultura mostra que cerca de cinco milhões de hectares de pastagens brasileira estão em estado de degradação e outros 14 milhões precisam de intervenção nos próximos 24 meses. Para não ter a produção afetada, o pecuarista precisa criar estratégias de proteção.

– Pode ser feita uma adubação de pastagem, irrigação, dividir a área em piques para melhor a utilização destes pastos, pode fornecer concentrado aos animais, as opções são muitas, tudo vai depender do perfil do sistema de produção. Cada sistema de produção vai exigir estratégias e manejos diferenciados – explica o professor da Universidade Federal de Uberlândia Manoel Eduardo Rozalino.

A estudante do último ano do curso de Zootecnia Natália Garcia Lopes faz estágio na área de equinos, mas deseja trabalhar na pecuária. Para a estudante de 22 anos, as palestras e informações aprendidas no debate podem fazer toda a diferença no campo.

Eu acredito que seja uma oportunidade não só para os estudantes, mas também para os produtores rurais terem acesso a este tipo de informação, melhorando o seu meio de trabalho – comenta.

Veja a reportagem completa:

Clique aqui para ver o vídeo

 

Veja também a entrevista com o gerente global de Tecnologia da Nutron, Pedro Veiga, de Uberaba (MG) ao Rural Notícias

Clique aqui para ver o vídeo