Abate de bovinos e frango teve queda no segundo trimestre de 2014, diz o IBGE

Já abate de suínos teve alta de 0,6%O Brasil abateu 1,379 bilhão de frangos no segundo trimestre de 2014, uma queda de 2,7% em relação ao segundo trimestre do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta, dia 18. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, também houve recuo, de 1,2%. O abate de frangos havia sido recorde entre julho e setembro de 2013, mas desacelerou desde então.

O peso acumulado das carcaças foi de 3,180 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2014. O resultado foi 1,1% maior do que em igual período de 2013, mas 0,4% menor em relação ao trimestre imediatamente anterior.

No comparativo do segundo trimestre de 2014 ante igual período de 2013, houve queda no volume de animais abatidos nas regiões Sul (-1,0%), Sudeste (-5,0%) e Centro-Oeste (-7,8%). Dessas três principais regiões brasileiras, o Sul em resultado de abates foi o único que ganhou participação no agregado nacional, passando de 60,7% para 61,7%. Apesar disso, os três estados individualmente registraram redução no número de cabeças abatidas, informou o IBGE.

Ovos

Segundo o IBGE, a produção de ovos de galinha atingiu 694,322 milhões de dúzias no segundo trimestre de 2014. O resultado representou aumento de 2,0% em relação a igual período de 2013 e avanço de 1,0% ante os três primeiros meses deste ano.

Na comparação do segundo trimestre de 2014 com igual período do ano passado, o aumento da produção de ovos de galinha ocorreu principalmente na região Sudeste, com destaque para Espírito Santo e São Paulo. O Nordeste também avançou, impulsionado por Piauí, Rio Grande do Norte e Pernambuco. As demais regiões, contudo, registraram quedas em suas produções de ovos de galinha, sendo as maiores observadas no Centro-Oeste, sobretudo em Goiás. No Sul, o recuo foi puxado por Santa Catarina.
 
Abate de suínos

O país abateu 9,151 milhões de suínos no segundo trimestre de 2014, uma alta de 0,6% em relação a igual período de 2013. Na comparação com os primeiros três meses deste ano, o desempenho também melhorou. Houve alta de 5,3%, segundo o órgão.

O peso acumulado das carcaças no segundo trimestre de 2014 alcançou 797,708 mil toneladas, um aumento de 6,7% em relação ao primeiro trimestre. Em relação ao segundo trimestre de 2013, o resultado foi de estabilidade (+0,01%).

O Sul respondeu por 65,8% do abate nacional de suínos no período, seguido pelo Sudeste (19,1%), Centro-Oeste (13,8%), Nordeste (1,2%) e Norte (0,1%), informou o IBGE.
 
Abate de bovinos

Dados do IBGE mostram que, o abate de bovinos no segundo trimestre de 2014 atingiu 8,517 milhões de cabeças sob inspeção sanitária, uma redução de 0,2% em relação a igual trimestre de 2013. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o avanço foi de 1,8%.

O peso acumulado de carcaças no segundo trimestre de 2014 (2,006 milhões de toneladas) seguiu a mesma tendência dos abates. Houve recuo de 2,8% frente ao trimestre imediatamente anterior e redução de 0,1% em relação ao segundo trimestre de 2013.

Em termos regionais, os abates foram menores no Mato Grosso (-133.472 cabeças), em Rondônia (-52.597 cabeças), Goiás (-34.320 cabeças) e no Mato Grosso do Sul (-21.951 cabeças), sempre na comparação do segundo trimestre deste ano com igual período de 2013.

Parte da diminuição ocorrida nestas Unidades da Federação, no entanto, foi compensada por aumentos em Minas Gerais (+67.707 cabeças), no Maranhão (+50.166 cabeças), na Bahia (+30.201 cabeças), no Pará (+29.123 cabeças) e no Espírito Santo (+28.759 cabeças), no mesmo tipo de comparação.

Couro

A aquisição de couro inteiro de bovinos, por sua vez, atingiu 9,125 milhões de unidades no segundo trimestre de 2014, apurou o instituto. O resultado foi 5,9% menor do que em igual período de 2013 e 0,4% inferior aos três primeiros meses deste ano.

A industrialização de peças de couro foi de 9,113 milhões de unidades, queda de 5,2% com relação ao segundo trimestre de 2013 e estabilidade (-0,6%) ante o primeiro trimestre de 2014. O principal método de curtimento utilizado foi o cromo (93,0%), enquanto que o tanino foi utilizado em 4,4% dos casos, e 2,6% utilizaram outros métodos.

No segundo trimestre de 2014, do total das aquisições de couro, 39,5% foram feitas pelo Centro-Oeste; 20,8% pelo Sul; 17,0% pelo Norte; 15,2% pelo Sudeste e 7,4% pelo Nordeste. Em termos estaduais, o Mato Grosso se destaca com 17,5% de participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (12,2%), São Paulo (10,6%) e Rio Grande do Sul (10,2%).

Leite

A captação e aquisição de leite pelas indústrias processadoras atingiu 5,785 bilhões de litros no segundo trimestre de 2014, segundo o IBGE. O resultado representa um aumento de 8,4% sobre o segundo trimestre de 2013, mas significou queda de 6,6% sobre o volume observado nos primeiros três meses deste ano.

A industrialização, por sua vez, foi de 5,761 bilhões de litros no segundo trimestre deste ano, apurou o órgão. O volume foi 8,2% superior a igual período de 2013, mas 6,6% menor do que no primeiro trimestre deste ano. Regionalmente, o Sudeste foi responsável por 41,0% da aquisição nacional de leite, enquanto o Sul respondeu por 33,8%, e o Centro-Oeste, por 14,4% no período. O Nordeste do país contribuiu com 5,7% da aquisição, e o Norte, com 5,1%. 

Agência Estado